Pois bem, minha primeira semana em Dublin foi em um Hostel.
Logo de cara percebi que eu sou uma chata. Sim, porque não gosto das minhas
coisas jogadas e daquele entra e sai de gente no quarto. Chata ou velha, ou os
dois. Esse foi o primeiro “presente” que ganhei quando me propus a sair da
minha zona de conforto. E já posso falar com propriedade: no discurso é mais
fácil. Ainda mais que eu já tinha visto aquele filme “O Albergue”, produzido
pelo Tarantino. Dá um Google pra você saber mais, mas adianto que é sinistro. Envolve
estrangeiros, passaportes roubados e sangue, muito sangue. Enfim!
Foi um choque inicial. Mas no segundo dia vi que aquela
experiência poderia ser interessante (esquece o filme). Conhecei aplicando a
técnica da observação não participante. Imagina a cena: gente entra, gente sai,
em grupo, sozinho, de fone, sem fone, falando espanhol, inglês, polonês, alguma
coisa árabe e japonês. “Oh My God, estou no antro da diversidade!”, pensei. Juro
que parecia a arca de Noé. Todos ali, no mesmo barco.
No terceiro dia já comecei a falar Hi, Hello, How are you? para uns poucos que me olhavam. É que tem
uma coisa boa em Dublin: ninguém tá nem aí pra você. Mas tem uma ruim também:
ninguém tá nem aí (mesmo) pra você. Voltando. Você já começa a reconhecer os
brasileiros, aliás, como tem brasileiro aqui! Só no meu voo eram pelo menos 15 vindo
fazer exatamente a mesma coisa que eu: estudar e trabalhar. (Que ódio!) Voltando
de novo. Você troca algumas palavras aqui e ali e se dá conta que o seu
problema é o mesmo do cara do lado! Então é legal, sabe? Conforta.
Como em todo lugar, tem o careta que estuda 18 horas por dia
(e vai ser meu chefe, provavelmente), as russas descoladas de cabelo rosa, o argentino
amigão de todos, a espanhola gordinha e falante, o casal de namorados gente
fina da Venezuela, e por aí vai. Essa espanhola ficou comigo no quarto. Uma
figura! Combinamos de falar só inglês. O dela era melhor que o meu, então, ela
falava mais. Pelo menos era a minha roommate
mais simpática. Saia e voltava bêbeda toda noite. Depois reclamava que o
trabalho era muito cansativo. Aha, eu sei.
Conversando mais um pouco, descobri pessoas que moravam no
Hostel. Sim! Tipo, gente que optou por este tipo de acomodação porque acharam
mais conveniente o preço, tem café da manhã de graça, não precisa se preocupar
com a limpeza, essas coisas. Aí eu parei! Quer dizer: se alguém escolheu morar
em um Hostel é porque ali se sente bem, se sente em casa. Claro que essas
pessoas são na maioria meninos que
tão nem aí com o #todomundojuntomisturado. Pensa comigo: é legal, muito legal quando você tem 18 anos. É uma festa, com toda liberdade do mundo. No meu caso, achei bacana a experiência, mas não consigo esconder minha felicidade porque vou agora pra uma hostfamily por 3 semanas. Depois eu conto.
tão nem aí com o #todomundojuntomisturado. Pensa comigo: é legal, muito legal quando você tem 18 anos. É uma festa, com toda liberdade do mundo. No meu caso, achei bacana a experiência, mas não consigo esconder minha felicidade porque vou agora pra uma hostfamily por 3 semanas. Depois eu conto.
E viva a coletividade!!!
Ju...tive que rir da sua chatice...haha. Eu adoro hostel, final do ano, nas minhas lindas férias, fui pr Rio de Janeiro e escolhi ficar em um hostel, eu adoro, além de barato tem muita coisa boa, eu gosto de como essa mistura de culturas acontece, gosto de ver como as pessoas vivem de modo diferente (bagunçado, digamos) e como não estão nem aí neh!! E eu procurava estrangeiros falando inglês, então acho q fui pro lugar certo neh...e vou novamente...rsss
ResponderExcluirhahahaha... que delícia prima!!!!!!!!! olha só, hostel é um excelente lugar pra passar férias, pra quem tá de viagem, temporariamente... o que me assustou foi eu morar em um deles. isso eu não curtir. mas que bom que vc leu meu post!!!!! beijãooo
ResponderExcluirHostel é bacana! E esse ai pareceu ser muito bom. Um dia te mostro umas fotos de alguns hostel´s por onde passei. Ah.... e agora em janeiro vou levar a Cheila conhecer alguns pela Patagonia. Quero ver se ele pára de reclamar da bagunça que deixo pela casa. Vai ver como sou organizado! rsrsrsr! Beijos
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