domingo, 29 de setembro de 2013

Despedida (os dois lados)

Despedir-se da mãe, do amor, da família e de todos os mais próximos é despedir-se de uma parte de si mesmo. É como deixar algo que sempre te pertenceu e você nunca considerou a possibilidade de ser diferente.

Eu e minha Mãezinha
Eu ainda estou anestesiada. Incrível como esse negócio de psicossomatizar é real mesmo. A emoção age diretamente no corpo, sem dó. Confesso que até aqui neguei esse afastamento, mesmo sabendo que será temporário. Nos dias que antecederam a viagem, virei uma montanha russa emocional. Não tinha a menor ideia do que sentiria no minuto seguinte. Alegria, medo, pavor, felicidade, cara de assustada, mais medo, entusiasmo...
Mas toda despedida também tem sua parte colorida, como as “festas de despedida”. Todo mundo quer dar tchau. E eu achei isso o máximo! Me senti uma grávida (mesmo não tendo filhos) de tantos paparicos, de todos os lados. Ganhei pelo menos umas quatro festas surpresa, sem contar os churrascos fora de hora pra comemorar, os almoços e os cafés com as amigas. Sim, comemoraram a minha partida. Essa parte eu não entendi muito bem. Minha irmã até me mandou mensagem dizendo que já me ama mais só por eu estar longe. Que coisa!

Todas essas emoções também são parte da viagem. Só tem um detalhe: isso ninguém te explica antes. Tem que viver.

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